segunda-feira, 15 de outubro de 2012

CURSO “POR UMA EDUCAÇÃO NÃO SEXISTA”


A CAMTRA parabeniza a todas (es) as professoras (es) por sua luta diária e se  reafirma seu compromisso de caminharmos juntas (os) na construção de uma educação não sexista, não discriminatória e inclusiva!

"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina." Cora Coralina


CURSO “POR UMA EDUCAÇÃO NÃO SEXISTA”
Experiência no Centro Acadêmico de Biologia, UFRJ



Foto de: Thiare Valenzuela Paterakis

 A Casa da Mulher Trabalhadora –Camtra- entre os meses de Agostoa Outubro, realizou em parceria com   Centro Acadêmico de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, o Curso “Por uma Educação não Sexista” , que visa contribuir com a formação de profissionais ou futuras(os) profissionais da educação, sensibilizando-as(os) sobre as temáticas de gênero, raça/etnia, orientação sexual e outras formas de opressão, e trazendo reflexões para que possam lidar com essas situações na sala de aula para a construção de uma educação transformadora.

A turma conta com a participação de 14 jovens, a maioria estudantes de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em cada um dos encontros foram aprofundados temas como: gênero/sexismo, histórico do movimento de mulheres, violência contra a mulher, sexualidade, orientação sexual, raça/etnia. E suas monitoras: Iara Amora, Coordenadora do Núcleo de Mulheres Jovens da Camtra e Carla Romão integrante do Núcleo de Mulheres Jovens e profissional da área da educação, realizam diferentes dinâmicas de trabalho onde as/os alunas/os podem integrar de melhor forma os conhecimentos das aulas.

A integrante do Centro Acadêmico de Biologia, Maira Rocha Figueira, conversou conosco compartilha suas impressões sobre o Curso.  

Por que o Centro Acadêmico de Biologia teve interesse na realização do Curso "Por uma Educação Não Sexista"?

- O Centro Acadêmico tinha acabado de criar um grupo de discussão de Gênero e Diversidade Sexual, e estávamos sentindo a necessidade de nos aprofundarmos mais nas discussões, adquirir mais embasamento e sentimos que seria interessante fazer uma parceria com uma ONG que tem muito aprofundamento no assunto. O grupo se originou a partir de um GD que rolou no Encontro Regional de Estudantes de Biologia (inclusive o CAMTRA estava presente facilitando a discussão), pois a partir daí percebemos que essa era uma demanda da/do estudante de Biologia e vimos que tinha bastante gente motivada a conversar sobre o tema e saber lidar melhor com as opressões que estávamos começando a identificar.

           Para uma/um futura/o professora/or qual é a importância que tem participar de um Curso como este?



- Para nós é muito importante estar preparadas/os para lidar com questões de gênero, diversidade sexual, reprodução humana, DSTs, pois muitas vezes esses temas recaem como responsabilidade da/o professora/professor de Ciências e Biologia,  e nós não fomos preparadas/os para isso em nenhum momento da nossa formação. Passar por um curso como esse nos torna capazes de lidar com situações com as quais iremos nos deparar ao longo da nossa profissão. Além disso, nos ajuda a identificar e combater as opressões que ocorrem no ambiente escolar e na sociedade como um todo, permitindo que nós atuemos como educadores que preparem nossas/os alunas/os para atuar como cidadãs/os críticas/os e pensantes, e não meras/os reprodutores das opressões que nos são colocadas diariamente.

           Para você como participante o Curso teve importância? Se sim, qual foi? 

- O curso foi muito importante pois me ajudou a dar nomes à angustias e incômodos que eu já sentia na pele a anos. Poder compatilhar isso com os outros participantes e com as ministrantes do curso foi muito reconfortante, e ter esses debates com uma perspectiva de mudança me deu esperança e vontade de lutar por um mundo mais livre, sem opressões e rótulos. Além disso, tratar de temas que não me oprimiam diretamente mas eram fundamentais para os meus colegas me deu fizeram enxergar que devo lutar pelo fim de todas as opressões impostas pela nossa sociedade onde o modelo de cidadão respeitado é homem, branco e heterossexual.

Fotos: Thiare Valenzuela Paterakis. 

Mais informação do Curso em nosso Site: www.camtra.org.br, onde você também pode procurar nossa cartilha “Por uma Educação não Sexista”. Seja nossa/o amiga/amigo no facebook pesquisando: Camtra Cmt. Contato pelo e-mail: camtra@camtra.org.br



quarta-feira, 22 de agosto de 2012

NÃO MAIS VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER


NÃO MAIS VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: Por mim, por nós, pelas outras...

Os últimos casos de violência contra mulheres e feminicídio no Brasil têm causado um choque muito grande junto a as organizações de grupo de defesa dos direitos das mulheres. Na plataforma da Estação Barra Funda da CPTM a estudante, Ana Carolina, de 19 anos foi atacada por um grupo extremista que prega a violência contra mulheres na internet.  Uma das ideologias difundidas na rede é a de que mulheres bonitas com roupas “provocantes” devem ser punidas com ácido, a exemplo do que acontece em alguns países do Oriente Médio; e em São José dos Campos (SP) uma adolescente de 14 anos, grávida de dois meses apareceu morta a tiros.

Em Rio de Janeiro número de mulheres assassinadas aumentou 1,3% em 2011, do total de vítimas por homicídio doloso, aquele em que é caracterizada a intenção, 7,1% eram mulheres. A constatação é da sétima edição do Dossiê Mulher, divulgado o 14 de agosto pelo Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP).

Na média mensal, 25 mulheres foram vítimas de homicídio doloso em 2011. Das 303 mulheres assassinadas no ano passado, 14,2% das vítimas eram ex-companheiras ou companheiras do provável autor do homicídio e 19,1% conheciam os acusados. “Grande parte desses homicídios se dão em situação de violência doméstica e familiar. A gente sabe que também existem mulheres envolvidas na criminalidade”, explicou a coordenadora da pesquisa, major Cláudia Moraes.

Segundo o estudo da Small Arms Survey, Brasil está entre os 25 países com mais feminicídios, em torno de 66 mil mulheres são assassinadas a cada ano, 17% das quais são vítimas de homicídios intencionais. O Instituto Sangari, publicou em abril deste ano, o Mapa de Violência 2012, referente aos homicídios ocorridos no Brasil em 2010. O autor do mapeamento, Julio Jacobo Waiselfisz, declara que “São poucas as informações sobre o tema que encontramos disponíveis ou que cir­culam em âmbito nacional. Dada a relevância da questão, julgamos oportuno elaborar um estudo específico e divulgá-lo separadamente.” (2012, p.3).

Apresentando uma perspectiva histórica dos homicídios, o relatório revela que entre 1980 e 2010 foram assassinadas aproximadamente 91 mil mulheres no país, passando de 1.353 para 4.297 mortes, um aumento de 217,6% nas mulheres vítimas de assassinato, sendo 43,5 mil só na última década (2000 – 2010). A taxa desses assassinatos para cada grupo de 100 mil mulheres passou de 2,3 em 1980, para 4,4 em 2010. Isso representa uma média de 4.350 mulheres assassinadas por ano, 362,5 por mês, 12,1 por dia, ou seja, a cada duas horas, uma mulher é assassinada no país.

LEI MARIA DA PENHA

A Lei Maria da Penha, sancionada no dia 7 de agosto de 2006, alterou o Código Penal ao punir mais severamente agressores, que hoje podem ser presos em flagrante ou terem prisão preventiva decretada. Antes da lei, homens violentos dentro de casa só eram punidos após ferirem efetivamente as mulheres. As ameaças eram tratadas como faltas menores e não eram suficientes para que o agressor fosse para a prisão ou afastado do lar. O crime de violência doméstica era julgado nos juizados especiais criminais e tratado como briga de vizinhos e acidentes de trânsito.

De acordo com a Lei Maria da Penha, uma vez constatada a violência doméstica, de imediato o juiz poderá aplicar ao agressor medidas de proteção da mulher, como suspensão ou restrição do porte de armas e afastamento do lar. O acusado também poderá ser proibido de manter contato ou se aproximar da mulher e de seus familiares e amigos (fixando um limite mínimo de distância entre ambos) e de frequentar determinados lugares “a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida”, segundo prevê a lei.

IMPORTANTE: Em caso de denúncia de violência contra a mulher pergunte a autoridade policial sobre a concessão das medidas protetivas de urgência. Elas podem proteger a sua vida.


Se você quiser mais informações sobre a lei: http://www.camtra.org.br/publicacao.php
Maiores informações: camtra@camtra.org.br – 55 21 25440808 – Site: www.camtra.org.br -  Facebook: Camtra cmt.

Fontes:

 






 


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Curso "Por uma Educação não Sexista"

Rosa para meninas e azul para meninos? Menino que usa rosa é gay? Sexualidade é....
A Casa da Mulher Trabalhadora e o Centro Acadêmico de Biologia da UFRJ convidam as (os) estudantes de biologia, profissionais da educação e demais interessadas (os), a discutir estas e outras questões no Curso "Por uma Educação não Sexista".

Que tem por objetivo disseminar novas possibilidades de Educação que incorporem pensamentos não sexistas e não discriminatórios e contribuir assim para a construção de valores e práticas mais igualitárias entre mulheres, homens e todas as diversidades.

Informações em anexo!

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=228723990583072&set=a.127003597421779.20375.100003364197348&type=1&theater

terça-feira, 10 de julho de 2012

Divulgação das Selecionadas para o IV Curso "Trocando Idéias: Mulheres Jovens na Defesa de Seus Direitos"

Prezadas companheiras,

É com muito prazer que divulgamos a lista de selecionadas a participar do IV Curso Trocando Ideias: Mulheres Jovens na Defesa de Seus Direitos! Mais uma vez recebemos um número de inscrições superior ao número disponível de vagas, por isso foi necessária a realização de uma seleção, de forma que solicitamos a compreensão de todas!

Segue abaixo a lista das participantes selecionadas e os critérios de seleção:
 
  • Lista de participantes:
1.Amanda Andrade Rodrigues da Silva
2.Ana Gabriela Ribeiro da Silva
3.Ana Paula de Souza Campos
4.Ana Taisa da Silva Falcão
5.Ariana Kelly dos Santos
6.Brenda Santana de Jesus
7.Carolina Aleixo Ribeiro da Silva
8.Caroline Souza de Castro
9.Carolyne Cosme de Souza
10.Daniele Cristina Figueiredo Dutra
11.Erika Rodrigues
12.Flavia dos Santos
13.Gisele José  Abigail de Azevedo
14.Ianara Silva Evangelista
15.Inês Emery Pereira Franco Feliciado
16.Íris Lins
17.Joyce Barbosa Teixeira
18.Letícia Alves Maione
19.Lidiane Alves de Oliveira
20.Lívia Azevedo Merlim
21.Luana Cristina de Oliveira
 22.Magna Domingues Torres
23.Maria Carolina Gomes Barbalho
24.Mariana Silva de Lima
25.Mariana da Silva Rio
26.Marilia de Souza Figueiredo
27.Marta da Silva Batista
28.Nádia Maria Marinho Basílio Pereira
29.Nathany Beatriz Carneiro Marquita
30.Rafaela Maria da Silva
31.Regilaine Felix Alvorada
  • Critérios de seleção:
 
-      Não foram consideradas inscrições que estavam fora dos critérios estabelecidos, como idade superior aos 29 anos;
-      Disponibilidade de participação em tempo integral do curso;
-      Contemplar o maior número possível de grupos, instituições e jovens não organizadas;
-      Garantir a participação de jovens de diferentes regiões da cidade do Rio de Janeiro e municípios do Estado do Rio de Janeiro, bem como de outros Estados do país;
-      Garantir a diversidade e participação proporcional das jovens nas questões de idade, raciais e orientação sexual.
-      Não participação nos cursos anteriores.
  • IMPORTANTE:
 
* Solicitamos a todas as selecionadas a confirmação da participação através do correio eletrônico mulheresjovens@camtra.org.br ou do telefone (21) 2544 0808, até o dia 11 de Julho/2012.
 
** Estamos confirmando a disponibilidade, por telefone e e-mail, de todas as selecionadas. Em caso de desistência, daremos chance à outra jovem da lista de espera.

 *** Enviaremos até quinta-feira 12 de Julho/2012 as informações a respeito da programação, hospedagem,  como chegar, entre outras.

terça-feira, 3 de julho de 2012

II Seminário "Trabalhadoras Ambulantes - Vida, Trabalho e Direitos"









Nos próximos anos o Rio de Janeiro será sede de megaeventos como a Copa do Mundo de Futebol e as Olimpíadas.

Você acha que o comércio ambulante sofrerá mudanças com a realização desses eventos?

Venha debater com a gente formas de organização e a garantia dos direitos das trabalhadoras ambulantes na cidade do Rio de Janeiro nestes e em outros eventos!

Esperamos por você!



Vagas limitadas!

Público prioritário trabalhadoras ambulantes e representantes de movimentos/instituições que atuem com a categoria. A alimentação será garantida pelo evento!



Inscrições através do correio eletrônico: seminario@camtra.org.br ou pelo telefone (21) 2544-0808

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Aviso importante: IV Curso "Trocando Ideias: Mulheres Jovens na Defesa de seus Direitos"


Caras companheiras, tivemos um problema no sistema de inscrições do curso e algumas inscrições realizadas antes do dia 16 de Junho foram prejudicadas, por isso solicitamos a todas que tenham se inscrito antes desta data, que por favor se re-inscrevam.
Solicitamos também aquelas(es) que tenham divulgado o curso para seus contatos, que também repassem esta mensagem.

Desde já pedimos desculpas por quaisquer transtornos e agradecemos a compreensão!

Aproveitamos para lembrar que as inscrições continuam até o dia 05 de Julho através do telefone (21) 2544 0808 ou on-line  http://tinyurl.com/4cursomulheresjovens e a divulgação das selecionadas será realizada no 10 de Julho!

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Curso incentiva a participação de jovens na luta pelos direitos das mulheres

Karol Assunção
Jornalista da Adital
Adital
Feminismo, diversidade sexual, racismo, formas de organização de mulheres jovens, violência contra as mulheres e sexualidade serão alguns dos temas abordados no IV Curso "Trocando Ideias: mulheres jovens na defesa de seus direitos”. A atividade, promovida pelo Núcleo de Mulheres Jovens da Casa da Mulher Trabalhadora (Camtra), está com inscrições abertas até o dia 5 de julho através de formulárioonline ou pelo telefone +55 (21) 2544.0808.Podem se inscrever mulheres entre 15 e 29 anos de idade, participantes ou não de organizações sociais. Ao todo, serão selecionadas 30 jovens do Rio de Janeiro e de outros estados brasileiros. Iara Amora, coordenadora do Núcleo de Mulheres Jovens da Camtra, explica que o curso busca o "fortalecimento tanto das mulheres jovens que já estão organizadas quanto das que ainda não estão organizadas, mas que buscam informações”.
A atividade ocorrerá entre os dias 13 e 15 de julho, no Colégio Assunção (Rua Almirante Alexandrino, 20213, Santa Teresa, Rio de Janeiro – RJ). Durante esses três dias, as jovens discutirão sobre temas como feminismo, diversidade sexual e lesbofobia, racismo, gravidez não planejada, doenças sexualmente transmissíveis, entre outros. As temáticas serão trabalhadas através de oficinas que privilegiem a experiência das participantes. "Serão formações de jovem para jovem através de oficinas que valorizem o saber de cada uma, o que cada uma tem”, destaca.
Segundo Iara, a ideia é, a partir do curso, fazer com que o Núcleo possa acompanhar as jovens na realização de atividades. "Muitas se integram ao Núcleo, ajudam na organização do curso”, afirma, fazendo referência às jovens que participaram das edições anteriores.
A atividade integra o conjunto de ações do Núcleo de Mulheres Jovens da Camtra. Formado em 2001 a partir de jovens que já atuavam na organização, o Núcleo busca realizar formações promovidas por jovens e para jovens. "A gente sentia que as informações que tínhamos por conta da organização, as outras jovens não tinham”, comenta Iara.
A partir dessa constatação, o grupo passou a realizar atividades formativas em escolas e comunidades. "A gente investe no grupo de jovens para que sejam multiplicadoras”, revela. De acordo com informações da Camtra, entre 2005 e 2008, o Núcleo envolveu mais de 6.400 jovens em atividades de sensibilização e formação. A partir de 2009, iniciou o curso "Trocando Ideias: mulheres jovens na defesa de seus direitos”, atividade anual que já está na quarta edição.
A coordenadora do Núcleo destaca ainda a importância de trabalhar a formação de mulheres jovens. Um dos pontos, segundo ela, é chamar as jovens para o feminismo – perspectiva adotada pela organização –, buscar novas lideranças para o movimento e mostrar que elas ainda têm que lutar para conquistar e defender seus direitos. Outra questão é incentivar a organização e o fortalecimento delas na luta pelos direitos. "É fazer com que elas possam conhecer seus direitos, entender como eles funcionam e saber como exigi-los”, reforça.

Fonte:  http://www.adital.com.br/?n=cczq

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